Terça-feira, 27 de Abril de 2010

Sentimento de impotência

Hoje é um daqueles dias em que, se pudesse, renunciaria a capacidade de pensar.
Talvez o problema seja que não penso de uma forma lógica e ordenada, mas também acho que não é possível fazê-lo em determinadas situações.
Nem tudo o que parece é, no entanto, tenho de considerar a possibilidade de o ser, e isso aterroriza-me.
Ainda assim, as soluções que encontro, no meio deste caos mental, não são de todo boas ou adequadas...

Isto já me aconteceu antes. Nesse momento difícil, chocando com a opinião de alguns, deixar o tempo passar. Fico feliz por tê-lo feito pois estavam enganados e uma atitude alarmista não seria boa para ninguém. Agora repete-se... é certo que da primeira vez era falso alarme, o que não significa que desta vez também o seja.
Não sei que pensar, muito menos que fazer!

Escrever ajuda-me a ordenar as ideias e tem um poder tranquilizante sobre mim. Já quase me sinto com forças para enfrentar a situação de uma forma calma.
Nisto, não me posso dar ao luxo de me enganar!

Oxalá, algum dia, possamos viver felizes num mundo sem maldade...


Alma às 20:18
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Segunda-feira, 26 de Abril de 2010

A tempestade

Depois de navegar em águas enfurecidas pela tempestade, já sem forças mas ainda vivo, chego a um mar tranquilo. Penso que tudo passou mas cedo me apercebo do meu erro.
Durante a tempestade agarrei-me a um barril e, o mais rapidamente possível, tentei retirar a água que entrava por pequenos orifícios. Só queria sair daquele inferno, sem me preocupar com os destroços. Nem sequer pensei em avalia-los de forma racional.
Agora, em águas paradas, quando pensei que poderia descansar e recarregar energias, vejo como me afundo, lentamente, pelos buracos da carcaça.
Sobrevivi à tempestade acreditando que com calma tudo se solucionaria. Agora, exausto, deixo-me ir...


Alma às 23:59
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Domingo, 25 de Abril de 2010

Tudo muda

Tudo muda com o tempo.
A forma de pensar que tinha há 10 anos não é a mesma com que penso hoje.
Mudam os sentimentos, mudam os gostos, os desejos, os sonhos...
Mudam os amigos, as necessidades, muda a família...
No entanto a mudança que mais influenciou a minha vida, nem sempre a vejo... a minha mudança pessoal, o modo de interacção com o mundo.
Tudo muda com o tempo...
Tudo muda com as nossas mudanças.


Alma às 22:29
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Sábado, 24 de Abril de 2010

Teimosia

Há quem não seja capaz de dar o braço a torcer e admitir os seus erros e enganos, apesar de lhe ter sido mostrada a verdade.
Por vezes um "desculpa" fica muito bem, mesmo que já não haja mais nada a fazer.

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Alma às 20:38
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Segunda-feira, 19 de Abril de 2010

Sinto a tua falta

Sinto muito a tua falta!
Talvez não sinta falta de ti mas sim do que me fazias sentir.
Sinto falta dos momentos, da ilusão da espera, dos rituais antes de te ver.
E penso que sinto a tua falta...
Talvez não sinta falta de ti porque poderias ser qualquer uma, e fazer-me sentir o mesmo, a mesma vontade de te ver, de te sentir, de te tocar...
Sinto falta de alguns sonhos que sem ti não existem,
Sinto falta da esperança de um novo dia igual a tantos outros,
Sinto falta das borboletas que voavam nas minhas entranhas.

Sabes?
As borboletas ainda existem mas estão cansadas, já não voam como antigamente, aceitaram a nova condição de borboletas sem asas.
Passam o dia adormecidas e à noite...

Nessas noites em que sinto a tua falta, quando te procuro e não te encontro, quando duvido que tenhas sido tão real, quando realidade e imaginação se unem, quando a minha loucura me domina e te chamo silenciosamente.

Sim, sinto a tua falta!


Alma às 22:38
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Domingo, 18 de Abril de 2010

Respeito

Calar nem sempre é desconhecimento de resposta,
por vezes é ausência de danos desnecessários.

Aceitar, discordando, nem sempre é submissão,
por vezes é apenas evitar uma guerra.

As lágrimas nem sempre são tristeza,
por vezes são impotência.

Valerá a pena respeitar quando não nos sentimos respeitados?

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Alma às 22:39
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Sábado, 17 de Abril de 2010

Um horizonte de possibilidades

Fecho os olhos e estou numa praia deserta.
Sentado na areia, os pés dispostos a sentir as ondas que, mais atrevidas, decidem rebentar perto.
O meu olhar perde-se no horizonte, onde ainda estão abertas todas as possibilidades.
Sinto o vento quente nas costas nuas, sinto como acaricia a minha pele.
Pego um punhado de areia e sinto como se me escapa por entre os dedos.
Por vezes, também permiti que momentos bons da minha vida se escapassem assim, sem fazer nada para alterar o rumo...
Respiro profundamente, tentando absorver todo o ar que me rodeia. Talvez queira respirar também o calor do sol que já toca a água, lá longe, onde apenas chega a minha imaginação.
Aí, o sol vai-se apagando com a água. Também a água ferve e evapora ao tocar o sol.
Vejo como nascem as primeiras estrelas...
Penso que a água ao evaporar levou pequenos pedaços de sol até ao céu e assim nasceram essas pequenas estrelas.
O vento já não é tão quente.
Começo a sentir frio e abraço-me.
Levanto-me, disposto a terminar o dia.
Abro os olhos.
O sol ainda brilha.
Não há estrelas.
Ainda tenho tempo para voltar a fecha-los ou para me fazer ao mundo e ser feliz.
Apenas tenho de encontrar as chaves!


Alma às 22:37
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Sexta-feira, 16 de Abril de 2010

Onde nasce o ódio

O ódio é um sentimento que aniquila, destrói aquilo onde toca e a quem toca. É o desejo de dor alheia.
O ódio, assim como tudo o que é negativo, surge do medo transformado por uma expectativa, um desencontro, por um desejo não realizável pela implicação de uma circunstância ou de uma decisão não partilhada. Surge do choque de ideias inflexíveis ou do encontro com alguém em quem projectamos os nossos medos ou que, de alguma forma, fez florescer os mesmos.
Odiar alguém supõe a intenção da sua dor através da nossa raiva por qualquer que tenha sido a sua actuação no nosso desencontro. Odiá-lo, assim como ama-lo, é decisão nossa (sem necessidade de consenso), logo não se pode atirar à cara de quem se odeia o ódio que se processa, porque o ódio nasce dentro de nós, por isso para apagar o ódio só podemos apagá-lo em nós, entender porque nasceu, em que nos afecta, e qual o vinculo que há entre a causa e o sujeito pelo qual nasceu. Ao observar tudo isto descobriremos que o ódio surge de uma falta de aceitação, seja própria ou alheia, e que por vezes o único que podemos fazer é perdoar e afastar-nos, porque o ódio descontrolado é como o fogo; arrasa tudo... por nada...

Não odeio ninguém


Alma às 23:38
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Quinta-feira, 15 de Abril de 2010

Dizem que

O amor é sempre novo. Não interessa que amemos uma, duas ou dez vezes na vida, estaremos sempre perante uma situação desconhecida.
O amor pode levar-nos ao inferno ou ao paraíso, mas leva-nos sempre a algum sitio.
É necessário procurar o amor onde quer que esteja, mesmo que isso demore horas, dias ou semanas de decepção e tristeza.
Há que encontrá-lo, e para isso teremos de o desejar do fundo do coração para que venha até nós ou para que possamos ir até ele.


Alma às 21:06
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Quarta-feira, 14 de Abril de 2010

A busca

Vasculhei todo o quarto, passando pelo espelho, o armário e pelas minhas mãos.
Levantei a almofada e sacudi os meus sonhos.
Abri cada porta, gaveta e caixote.
Destapei o guarda-jóias e as caixas de musica.
Desmontei a televisão, as cadeiras e as minhas entranhas.
Espreitei debaixo da cama, entre os lençóis, por cima da cómoda, por detrás das tuas fotos.
Remexi as minhas palavras, as minhas promessas e os meus Sábados...
mas não te encontrei... apenas o teu cheiro que perdura no pijama.


Alma às 23:41
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Terça-feira, 13 de Abril de 2010

Não me lembro...

...de quando o fiz pela última vez.
Apenas me lembro que era bom.
Tenho tantas saudades...
...de sorrir.


Alma às 14:06
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Segunda-feira, 12 de Abril de 2010

201 dias

Hoje enchi-me de recordações.
Recordações dos 201 dias mais felizes da minha vida.
Recordações de olhares e sorrisos cúmplices, de promessas perdidas no tempo, de vazio e de plenitude.
Recordei cada lugar, cada sentido, cada momento.
Momentos únicos, irrepetíveis, graças a ti.
Alguns perdidos no passado, outros lutando pelo presente.
Algumas recordações vivem em mim como sinais apenas perceptíveis, outros são cicatrizes que o tempo curará à sua maneira e que apenas recordo como se fizeram.
Ficaram os bons momentos, a parte feliz, a recordação doce do passado.
Há momentos que desejava reviver com a mesma intensidade, outros que gostaria de poder mudar para que fossem como tantas vezes sonhados.

E no entanto... todos são perfeitos!

Obrigado por tudo.

Amo-te muito.


Alma às 23:49
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Sábado, 10 de Abril de 2010

Se as minhas lágrimas falassem

Se as minhas lágrimas falassem...
só mencionariam a tristeza que existe no meu coração...

Se as minhas lágrimas falassem...
explicavam-te o porquê de tanta dor...

Porque nascem nos meus olhos brilhantes
e nunca morrem no meu rosto...

Se as minhas lágrimas falassem...
contariam porque a minha alma está desfeita.

Se apenas te falassem...
transmitiriam a nostalgia que sente a minha alma...

Se as minhas lágrimas falassem...
finalmente descobririas o peso que tem a minha consciência.

Se apenas te falassem...
morrerias nesse instante... de pena.


Alma às 21:02
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Sexta-feira, 9 de Abril de 2010

A tristeza

Inesperadamente, sem nenhum tipo de convite, com a subtileza de uma gota de orvalho penetrando nas entranhas, chegou até mim a tristeza.
Não sei por onde entrou, mas desde logo se fez notar quando se instalou.
Procurou um local quentinho onde nidificar, onde pudesse espantar o frio que traz agarrado.
O meu coração, o eleito para acomodar o seu choro e uma dor perfurante deu-me o alerta de intruso.
Rejeita-la quis com todas as minhas forças, com rizadas gargalhantes, que lhe doem e a fazem esconder até terem passado e então faz uma nova excursão pelo meu ser, como doloroso castigo.
Primeiro visitou o meu estômago e apagou de um sopro a vontade de comer, outro dia as minhas pernas que deixou paralisadas, os meus braços, a minha cabeça e em cada recanto, deixou marcada a sua pegada.
Há já algum tempo que se apoderou de mim, continuando a minha alma a se esconder dela desde o primeiro dia a busca sem descanso. A sua insistência é tenaz e a cada tentativa deixa-me profundamente ferido.
Cada amanhecer é uma luta constante para seguir em frente.
Não lhe digam nada pois encontrei o seu ponto fraco, o lugar onde vive que a mantém dentro de mim.
Se lhe tiro o calorzinho, morrerá sem alcançar o seu objectivo.
O sacrifício que é suposto arrancar o meu coração, vale a pena.


Alma às 23:56
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Quinta-feira, 8 de Abril de 2010

É melhor caminhar

Diversas vezes parei para pensar como teria sido a minha vida se tivesse feito determinadas coisas ou tivesse deixado de fazer outras.
Quase sempre termino a me perguntar se teria sido feliz...

Suponho que a busca da felicidade é algo que não me abandonaria. Seguramente tentaria ser feliz com o que me calhasse e iria pensar como seria a vida com a escolha que fiz em determinado momento.

Então... sempre seria quase feliz.
Para alcançar a felicidade que procuro, talvez não baste deixar de pensar em "que teria acontecido se...", mas seria certamente um começo!

Viver a vida tirando o máximo proveito, aceitando a felicidade que já tenho e deixar de sonhar com a felicidade que não está nas minhas mãos, pode ser o caminho a seguir.


Alma às 23:52
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Quarta-feira, 7 de Abril de 2010

A vida

A vida dá muitas voltas e situações que não se conseguem entender são decifradas como por magia.
Finais podem ser começos, tristezas dão lugar a alegrias.

Faz-me lembrar a desculpa típica "estou mal, por isso não posso..."
Recordo a dor de não saber o que fazer na distância, noites brancas de pensamentos cinzentos. Lágrimas desesperadas por uma solução, buscas sem horário de um fio de esperança.

Finais podem ser começos...
Começos podem ser ilusões.

Por medo esconde-se o mais forte, por detrás de uma capa de mil cores. Quando se acha seguro, sai. Então nada é como se pensava. Cresce a confusão, aumenta a escuridão. O que interessam agora as mil cores da capa se já nada é como era?

Começos podem ser ilusões...
Ilusões podem ser realidade.

Porque basta uma palavra para alterar uma vida. Não se diz a palavra por receio de rejeição ou não entendimento, outras porque tudo pode sair como sonhado.

E conseguido o sonho desejado, o que nos resta?

Realidade pode ser um final.
Realidade pode ser um começo.
Realidade pode ter sido uma ilusão.


Alma às 23:29
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Terça-feira, 6 de Abril de 2010

Controlando as emoções

Não devemos confundir controlar as emoções com reprimi-las. Não devemos ignorar ou ocultar as emoções, mas sim aprender a viver com a serenidade suficiente, convivendo e controlando as nossas reacções. Zangar-se de forma violenta ou aceitar uma situação injusta terá consequências negativas para nós, por mais razão que tenhamos. Sermos capazes de controlar as nossas emoções, expressa-las da forma correcta e oferecer uma resposta assertiva, terá uma grande influência no nosso próprio bem-estar e nas nossas relações.


Alma às 23:23
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Domingo, 4 de Abril de 2010

Onde estás?

Onde deixamos as palavras de amor?
Quando é que as trocamos por punhais?
As mesmas palavras, as mesmas duas bocas que se uniam em suaves beijos...
Palavras antes doces, agora amargas.
Em que momento mudamos tanto que deixei de te conhecer?
Recordo noites de sonhos e desejos, esperança no futuro, planos de passeios ensolarados...
Onde está isso tudo?
Não é passado...
Hoje temos os mesmos sonhos, os mesmos desejos, as mesmas esperanças. Talvez tenhamos ainda mais.
E no entanto... não fazemos mais que nos odiar.


Alma às 02:45
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Sábado, 3 de Abril de 2010

O que é o amor?

O amor é um cúmulo sensações, emoções e sentimentos que chega a ser tão forte e poderoso que no seu extremo é irresistível.

É tão grande o sentimento que embarga o ser humano nesse momento, que não pensa, não raciocina, apenas se deseja estar com o ser amado a todo o custo, tudo ao redor muda de significado, os pequenos detalhes ganham grande importância, esquecendo-se por vezes de levar uma vida activamente normal.

O amor, diz-se que é um mal-estar no estômago que se apodera da nossa vontade e não ouve razões. Vive dentro de nós, manifestamo-lo em alguém especial desejando brotar tudo de bom que se tem para dar, e quando esse alguém se vai embora, não é o amor que se perde, esse permanece aí, precisamente onde nasceu porque o amor é a nossa essência e aí continua adormecido, expectante para encontrar outro ser humano que sinta e partilhe gostos e desejos, sonhos e ilusões.

O amor entrega-se, partilha-se, manifesta-se de todas as formas e condições possíveis, sem olhar a religiões ou culturas. Todos o sentimos, todos o transmitimos, é o amor que move o mundo, é a ternura, o carinho, o respeito aos outros. O amor tem de ser demonstrado quando é preciso, sacrificado quando necessário.

O amor em si é o sentimento que te faz amar, sofrer, chorar e perdoar. Nasce dentro de nós e aí permanece esperando ser acordado e manifestar-se em toda a sua magnificência, e digo isto porque é maravilhoso viver enamorado, albergar no nosso coração tão delicado sentimento, faz-nos estremecer as emoções, sonhar com o possível e chorar o impossível.

É tão maravilhoso que nos acorda de noite, faz-nos sonhar acordados, alegra-nos quando o temos e morremos quando o perdemos, e mesmo assim continuamos amando.


Alma às 23:33
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Sexta-feira, 2 de Abril de 2010

A porta

-Então vemo-nos amanhã?

-Claro que sim, não iria embora sem antes me despedir de ti...

Passaram as horas. Ela olhava para a porta fechada. Pela janela via carros e pessoas em movimento... A porta não se abria!
Cansada de esperar, com os olhos cobertos de tristeza, levantou-se do sofá e abriu a porta.
No chão estava um bilhete:

"Vim despedir-me e encontrei uma porta fechada"


Alma às 20:28
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