Quinta-feira, 9 de Julho de 2009
A Jota, a minha mais-que-tudo de 5 anos, resolveu que no próximo ano lectivo não quer continuar na actual escola. Quer mudar de colegas. Eu e a mãe pensamos logo que talvez ela quisesse ir já para a primária, visto saber que já é possível mediante uma autorização. Engano nosso. A moça não está minimamente interessada em ir já para a primária, mas sim em trocar apenas para um infantário na terra da mãe. Lá tivemos de usar o célebre Factor C porque é quase impossível arranjar vagas nesta altura.
Ontem fomos visitar a nova escola, por fora porque já era hora do jantar e estava fechada. Demos uma volta ao edifício, e a única coisa que conseguimos ver foram câmaras de vigilância e janelas com bonecos colados nos vidros. E perguntam vocês: -E o recinto de recreio? Nadinha. Nicles. Nem cheta, para não dizer mesmo que não havia. A Jota mudou logo o seu sorriso, de orelha-a-orelha para sorriso amarelo. Quando vi que não lhe agradou muito, perguntei porque é que queria ir para aquele infantário dentro de um caixote de betão. Resposta da traquina: -Eu queria ir para o outro, aquele à beira da estrada quando me vais levar à mãe. Lá fui eu ver qual era o dito-cujo. Era um infantário, gerido por freiras, que tem nas traseiras do edifício um parque infantil com tudo aquilo que eles gostam.
Ora lindo serviço. Factor C em acção e a moça resolve trocar de ideias.
Eis que chegam notícias do Factor C: Jota matriculada na escola sem recreio.. ...dasse sorte do ...lho. Para isto funcionou ele rapidamente. Se fosse para pedir um emprego não servia.
Adiante.
Acreditam que a traquina resolve mudar novamente de ideias, e afinal já não quer mudar de amiguinhos? É verdade. Afinal no próximo ano a Jota quer continuar na escola actual.
Vá-se lá perceber a rapariga. Sempre troca-tintas sem saberem o que quer. Tinha de herdar isto da mãe.