Domingo, 30 de Agosto de 2009

Quero ser normal

Não há nada que eu mais queira neste mundo que ser normal...
Normal e não ter de discutir com ninguém porque estamos sempre de acordo...
Normal e não ter de pensar se realmente estou a fazer as coisas bem...
Normal e sair aos fins-de-semana e divertir-me...
Normal e ter amigos com quem falar...
Como gostaria de pensar o que todos pensam, não ter de argumentar tudo o que digo, ser normal e não pensar tanto, de não me sentir só estando rodeado de muita gente... essa normalidade com a qual não concordo.


Alma às 22:55
| comentar | _____________ver comentários (13)

A solidão

A solidão absoluta não é a total ausência de gente à nossa volta, ficando sempre a esperança que algum dia a haja. A solidão absoluta é a provocada pela incompreensão, aquela que estando rodeado de gente vemos que ninguém, absolutamente ninguém nos percebe. É o vazio, o maior deserto do mundo, o quarto fica imensamente grande e sentimos o coração esmagado e pensamos: Será que alguém me vê? Haverá alguém que tenha reparado que tenho razão? Tem algum sentido o que digo? Alguém se terá posto a pensar se, realmente, vale a pena ouvir-me?


Alma às 00:03
| comentar | _____________ver comentários (6)
Sábado, 29 de Agosto de 2009

Porquê voar?

Porque de cima tudo é muito mais claro, voa, fecha os olhos e simplesmente pensa que és um desconhecido e o problema não é teu, depois volta a pensar o que farias, e terás a solução. Voa.

tags: , , ,

Alma às 23:52
| comentar | _____________ver comentários (2)
Quarta-feira, 26 de Agosto de 2009

Parabéns

"Existe somente uma idade para sermos felizes,
somente uma época na vida de cada pessoa
em que é possível sonhar e fazer planos
e ter energia suficiente para realizá-las
a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.

Uma só idade para nos encantarmos com a vida e viver apaixonadamente
e desfrutar tudo com toda a intensidade
sem medo, nem culpa de sentir prazer.

Fase dourada em que podemos criar
e recriar a vida, 
à nossa própria imagem e semelhança
e vestir-se com todas as cores
e experimentar todos os sabores
e entregar-se a todos os amores
sem preconceito nem pudor.

Tempo de entusiasmo e coragem
em que todo o desafio é mais um convite à luta
que enfrentamos com toda disposição
de tentar algo NOVO, de NOVO e de NOVO,
e quantas vezes for preciso.

Essa idade tão fugaz na nossa vida
chama-se PRESENTE
e tem a duração do instante que passa."
 
Feliz aniversário Princesa


Alma às 23:02
| comentar
Sábado, 22 de Agosto de 2009

O rumor

Numa pequena aldeia morava uma velha com dois netos, um de 17 e a neta de 14 anos de idade. Certo dia, enquanto lhes servia o pequeno-almoço tinha uma expressão de preocupação.
Os netos perguntaram-lhe qual a razão de tal preocupação, ao que ela responde "Não sei, mas acordei com o pressentimento de que algo de muito grave vai acontecer a esta aldeia".
O neto vai ao salão de jogos para mais uma partida de bilhar com os amigos, e no momento em que ia fazer uma jogada muito fácil, o adversário disse-lhe: "Aposto cinco euros em como não a fazes".
Todos se riem. Ele ri-se. Dá a tacada e não consegue marcar a bola. Paga os cinco euros e todos lhe perguntam o que se passou, sendo uma jogada tão fácil e ele respondeu: "É verdade, mas estou preocupado com uma coisa que me disse a minha avó esta manhã sobre algo muito grave que vai acontecer a esta aldeia.
Todos se riram dele, e aquele que ganhou os cinco euros regressa a casa, e diz com ar tanto feliz como de troça à mãe: "Ganhei este dinheiro ao Zeca de uma forma muito simples porque ele é um tótó. Ao fazer uma jogada muito simples ficou perturbado com a ideia de que a sua avó hoje acordou com a ideia de que algo muito grave vai acontecer a esta aldeia"
A mãe responde com ar de reprovação: "Não troces dos pressentimentos dos velhos porque às vezes acontecem".
A sua tia ouve a conversa e de seguida vai ao talho. Chegada ao talho diz ao empregado: "Dê-me um quilo de carne", e no momento em que ele cortava, ela diz-lhe: "É melhor cortar dois, porque andam a dizer que algo muito grave vai acontecer a esta aldeia, e é melhor estar preparada".
O empregado avia a cliente e quando entra uma senhora para comprar um quilo de carne, diz: "É melhor levar dois porque andam a dizer que algo muito grave vai acontecer a esta aldeia, e que já se estão a preparar comprando coisas".
A senhora responde: "Tenho vários filhos, é melhor levar quatro quilos..." Leva os quatro quilos, e para não alongar muito este conto, direi que o talho esgotou a carne em meia hora, matam outra vaca, vende-a toda e vai-se espalhando o rumor.
Chega o ponto em que todos os habitantes da aldeia, estão à espera que aconteça algo.
Todos param de trabalhar ao meio-dia e alguém disse: "Já repararam no calor que está?" Responde-lhe um: "Mas nesta aldeia está sempre calor!" Diz um terceiro: "No entanto, a esta hora nunca esteve tanto calor."
Na aldeia deserta, na praça deserta, pousa um pequeno passarinho e corre a notícia: "Está um passarinho na praça".
Toda a gente vem à praça admirar o passarinho, e diz um: "Sempre pousaram passarinhos na praça" Responde outro: "Sim, mas nunca a esta hora".
Chegam a um estado de tensão tal, que todos querem ir embora mas não têm coragem para o fazer.
-Eu sou muito homem - grita um-. Vou embora.
Pega nos seus móveis, nos seus filhos, nos seus animais, mete-os na carroça e atravessa a praça central onde todos o vêm. Até que todos dizem: "Se este se atreve, então nós também vamos".
E começam literalmente a desmantelar a aldeia. Levam tudo.
Um dos últimos a abandonar a aldeia, diz: "Que não venha a desgraça cair sobre o que resta da nossa casa", e incendeia-a seguido de todos os outros.
Fogem num verdadeiro e tremendo pânico, como um êxodo de guerra, e no meio deles vai a velha que teve o pressentimento, e diz ao neto que está a seu lado: "Viste meu neto, como algo muito grave ia acontecer a esta aldeia?"
A isto chama-se a profecia auto-cumprida. Não dês ouvidos aos rumores. Não sejas tu um instrumento para criar o caos. Vamos construir, não destruir!


Alma às 15:30
| comentar
Sábado, 15 de Agosto de 2009

Riqueza ou fortuna

Há muito muito tempo... quando tinha 17 anos fui estudar para a cidade. Conheci uma colega de escola, que passava despercebida não fosse a magia que transmitia só ao passar ao lado. Não sei se eram os seus olhos verdes ou aquele sorriso sincero que não hesitava em brilhar. Não foi a sua amizade que me marcou, ou a paixoneta que tivemos ou até o sorriso que me ficou de recordação da sua passagem pela minha vida. Ela ensinou-me a diferença entre fortuna e riqueza.

Por se tratar de uma história verídica, vamos dar-lhe um nome para a distinguir, vamos chama-la de Laura.

Laura era uma rapariga alegre, risonha mas notava-se uma certa distracção como que encandeada por algum pensamento. Era membro de uma família importante economicamente apesar de não se notar na sua forma de ser e de vestir. Fiquei surpreso quando aquela rapariga simples me convidou para ir a sua casa ;) e me vi diante das portas daquele casarão. Mas notei que os seus olhos perdiam brilho ao entrar naquela casa.

Era outra Laura, inquieta, triste, atormentada. Disse-me para irmos rapidamente para o seu quarto e descobri o porquê da sua reacção. A sua mãe.

A mãe da Laura era uma senhora ricaça que nunca teve de trabalhar, pois tudo provinha da herança e, abituada aos caprichos da boa vida tinha-se convencido que era intocavel e por isso, pensava que tinha o direito de controlar toda a gente como lhe apetecesse. "Assaltou-me" na primeira sala fazendo um sem fim de perguntas pessoais e olhando de nariz empinado com ar depreciativo. Mas notei algo errado, nunca tinha estado antes numa situação idêntica e naquele momento a minha capacidade de reacção era equitativa à minha tenrra idade.

Transposta a barreira matriarcal, fomos para o quarto "estudar". Era uma pequena divisão, muito simples comparativamente com o resto da casa. Laura dirigiu-se à casa de banho para poder trocar de roupa e vestir algo mais comodo visto não poder sair mais de casa. Essa expressão "não poder sair mais de casa" marelou-me os ouvidos. Que se passa nesta casa? perguntei inquieto, intrigado e com desejos de saber a verdade. Laura despiu-se e trocou de roupa. Num descuido ;) dela pude reparar numa enorme mancha no seu braço, era uma ferida profunda que depressa se tapou com a nova camisola (na semana passada vi que ainda tem a cicatriz). Ao por a roupa num cesto caiulhe um par de calças, o qual recolhi e ao fazê-lo, piquei-me. Espreitei e vi algo horrivel. As calças estavam remendadas por dentro com uma especie de gesso e cola. Por fora parecia apenas roto mas por dentro deixava marcas nas pernas de Laura.

-Laura, o que é isto?

-Não te preocupes G.

-Como posso não me preocupar? Estás toda ferida. Tens uma ferida no braço e estas calças magoam-te nas pernas. Como remendaste as calças assim? Compra outras.

-Não fui eu que as remendei... e quem me dera poder comprar outras. -disse olhando tristemente o infinito. -Inclusivamente terei de abandonar os estudos...

E assim começou a contar-me a sua vida. Laura era adoptada. Pela idade, os seus pais poderiam ser seua avós, mas naqueles anos 80, em que o dinheiro e as influências dos ricaços pagavam tudo, isso não era problema. A sua mãe, uma mulher dominante e manipuladora, humilhava-a constantemente dizendo coisas como "és de uma raça inferior à minha...", "recolhi-te do lixo e deverias estar agradecida...", e outros insultos piores. Até com os ciumes que tinha da relação dela com o pai, que era o unico que a ouvia, proibia-a de estar só com ele dizendo que era um homem e ela uma mulher... isso a uma criança de 8 anos, idade que Laura recorda ter sido o inapropriado episódio.

Não podia comprar roupa nem nada, apenas recebia uma ridicula mesada de 3 contos, que para aqueles que não se recordam do escudo, seria mais ou menos 15 euros. Laura, relatou-me os seus maus tratos fisicos e psicologicos, os ciumes de sua mãe porque ela sempre quiz ser bonita e nunca o foi... ao contrário Laura sempre foi um anjo. Mesmo vivendo num inferno era um belo anjo...

-G, vou ter de abandonar os estudos porque apenas me pagam a matricula e não posso viver com 3 contos por mês, fotocópias, livros, etc. Vou embora, já sou maior e ofereceram-me trabalho na discoteca com o qual espero poder poupar e aí sim, continuar os estudos...- fez uma pausa e abraçou-me banhada em lágrimas. - agora quando fores embora, não voltarás a esta casa porque ela escolhe com quem posso estar ou não e apenas gosta de pessoas como ela... e nem tu nem eu somos como ela. Somos muito mais ricos, temos a verdadeira riqueza.
Parecia impossível a força que emanava dela. Certo é que a proibiram de falar comigo ou ver-me, mas cedo se livrou desse dominio e partiu. Fez uma mala, deixou as chaves de casa na mesa e saiu daquela ilha num Sábado de tarde de um mês de Abril.
Não pôde terminar os estudos porque tinha de sobreviver, mas não vive mal e concluiu com esforço um curso de formação profissional, financiado pelo seu esforço e determinação. A tão falada crise também a afecta, mais que a qualquer um, mas estará sempre agradecida por ter escapado daquele inferno e sobreviver às portas do céu. Não conheço ninguém que seja tão rica com tão pouco.
Quero fazer aqui uma homenagem a todas as crianças que nesses tempos foram maltratadas e não tinham atenção. Essas crianças que a assistência social não os protegia porque eram bens, como podia ser o carro ou o cão. A todas essas crianças que hoje são homens e mulheres, quero pedir perdão por uma sociedade que tardou a evoluir (?), que não os soube ouvir e que lhes roubou a infancia merecida.
Parabéns Laura, conseguiste. Tenho pena de outros que não tiveram a tua coragem.


Alma às 09:11
| comentar
Quarta-feira, 12 de Agosto de 2009

Sem vontade de viver

A minha vontade de viver e fazer coisas diminui a cada dia. Cada dia que passa desejo ainda mais sair desta situação. São momentos em que o túnel está escuro e não se vê a luz. São dias em que não me apetece fazer nada, não me apetece rir, não me apetece falar, não me apetece comer ou beber. Por vezes nem me apetece apetecer. Custa-me escrever. Tenho a mente colapsada de palavras que feriram o meu coração, a minha Alma, a minha pessoa em si. Fico aqui quietinho à espera que a onda passe... e o mar acalme.

 


Alma às 08:59
| comentar | _____________ver comentários (24)
Terça-feira, 11 de Agosto de 2009

Alguém me entende?

Vi esta noite que a tua luz já não brilha, que o teu coração já não é o que era. Ouvi-te chorar e não gosto nada. Deixa de pensar constantemente em todo o mal que te fez, deixa de pensar nas coisas que já não têm solução, deixa que o tempo apague tudo aquilo que não serve para a tua cabeça, deixa que o tempo vá pelo seu caminho e escolha o melhor. Se isto está a acontecer é porque tem mesmo de acontecer, para despertar o sexto sentido, para saber reagir. Vi como as lágrimas percorriam a tua face e até pude sentir o que ninguém pode ver, senti como sofrias em silencio e como já vias que tudo está perdido. Deixa-te levar pelas tuas emoções e deixa que nós tomemos o controlo, fala-te a tua mente e o teu coração.


Alma às 23:39
| comentar | _____________ver comentários (4)

De coração partido

Sei que não é o melhor momento, que agora vês tudo negro, mas aconteceu, tentaste prolonga-lo mas acabou!
Tens de ser forte, lutar por aqueles que ainda gostam de ti, pelos que te apoiam, por ti!
Mesmo sabendo que é difícil, mesmo que já não tenhas vontade de seguir!
A tua cabeça não responde e os reflexos ficaram para trás, mas sei que és forte e isso fará com que saias desta situação!
Não temas e não deixes que o medo se apodere de ti, o pior já passou, agora é lutar por um futuro melhor!


Alma às 15:10
| comentar | _____________ver comentários (3)

Junto ao mar

Só o mar saberá que tu me ensinaste ali a beijar Junto ao mar tu nunca foste sincera Junto ao mar conseguiste-me enganar... Depois de ti perguntei às estrelas Quantas vezes mais a minha ingenuidade me fará chorar... Sem o teu amor a minha vida será Como uma casa sem habitar Sem o teu amor a minha vida vai-se e sem ti não sou nada.


Alma às 01:13
| comentar
Segunda-feira, 10 de Agosto de 2009

Quando é a vida de outro...

Hoje apareceu-me cá em casa uma amiga. Está a passar por um momento difícil e disse que não pode falar com mais ninguém como o faz comigo, que a entendo sem censuras e que o que lhe digo faz com que veja as coisas de outro ponto de vista. Há algum tempo era ela que me ouvia por um assunto idêntico...

Enquanto lhe falava ouvi-me a mim mesmo...
É tão fácil ouvir outra pessoa, entender o seu problema e aconselhar ou fazer ver as coisas de outra forma. É tão fácil como ver um filme e prever o final. Tudo é claro diante dos meus olhos. Então porque é tão complicado quando se trata da nossa vida?

Enquanto falava recordava que há bem pouco tempo ela dizia-me o mesmo e era ela que via tudo tão claro, e eu era um mar de dúvidas...

 


Alma às 08:50
| comentar
Domingo, 9 de Agosto de 2009

Ódio vs Indiferença

Às vezes pergunto-me o que será pior, o ódio ou a indiferença? E chego a uma conclusão que é pior a indiferença que o ódio...
Com o ódio podemos chegar a um acordo, a um pacto, a uma solução... até podemos chegar ao amor.
No entanto, a indiferença é o pior de todos os estados de consciência. Não existes, não és, não interessas. Ninguém pode receber pior castigo...
Qual foi o meu pecado, a minha traição, para nem merecer uma triste explicação.
Não acredito no inferno, mas se ele existisse, era lá que eu estava.

Fala, diz, desabafa comigo. Bate-me se achas que mereço, mas não me deixes neste tormento.

 


Alma às 22:19
| comentar
Sexta-feira, 7 de Agosto de 2009

O bode expiatório

Era uma vez um monge que vivia perto de uma aldeia. Um dia vieram os homens da aldeia para o linchar porque tinha engravidado a filha do governador. O monge sorriu e não disse uma palavra.

Bateram-lhe até desmaiar e deixaram-no na margem do rio.

O monge sobreviveu e curou as suas feridas. Poucos meses depois bateram à sua porta e deixaram-lhe o bebé da filha do governador. O monge sorriu e sem dizer uma palavra pegou no menino, tratou dele, cuidou-o, alimentou-o, ensinou-o e viu-o crescer forte e saudável.

Passados muitos anos, a filha do governador que já era mais mulher que filha, assim como o seu pai já não era governador, foi bater à porta do monge.

Disse-lhe que vinha buscar duas coisas: primeiro o seu perdão, porque ela acusou-o sabendo que era o único ser humano da aldeia capaz de tratar do bebé… e em segundo vinha buscar o seu filho, pois já era maior de idade e podia lidar com a ira do seu pai e tratar do menino.

O monge sorriu e sem dizer uma palavra, entregou-lhe o menino.

 

Por vezes, o “menino” que temos de cuidar é uma mentira necessária para que outra pessoa sobreviva na sua própria história pessoal.

 


Alma às 08:50
| comentar | _____________ver comentários (4)
Quarta-feira, 5 de Agosto de 2009

Ego. Eu, eu e o mundo.

Há algum tempo comecei a busca de mim mesmo, porque não sabia quem era. Isso frustrava-me e impedia que me pudesse amar. Como podes gostar de ti se não sabes quem e como és? Tudo estava ali, era fácil ver como era, pelo menos para mim deveria ser. Mas não queria aceitar muitos dos meus defeitos e fraquezas, de uma forma hipócrita dizia que sim, mas na realidade odiava ver esses aspectos de mim mesmo, e isso fazia-me afundar e afundar, na minha censura, na minha penitencia e na fuga de mim mesmo.
Acho que finalmente estou a aceitar-me como sou, é certo que não sou sempre a mesma pessoa em circunstancias diferentes, o que me anima, porque há momentos em que me comporto como a pessoa que gostava de ser, e tenho como firme propósito potenciar e alimentar esses momentos.
É igualmente certo que me odeio em certos momentos e é difícil gostarmos de nós quando os recordamos, e são estes os que mais frequentemente me vêm à cabeça, mas tento olhar de fora com um sorriso paternal, e não os desculpar tanto como tentando ser compreensivo. Sou fraco muitas vezes, mesmo que isso não tenha sido sempre mau, fez-me viver coisas "proibidas" das quais retirei mais um ensinamento, e experiencia vital da qual afinal de contas estou orgulhoso, já que pouca gente tem a minha perspectiva.
A tarefa encomendada já está mais ou menos concluída, já me conheço... um pouco melhor. Todos os dias aprendo coisas novas de mim, também é certo, mas aceitei o básico.
Agora resta-me gostar de mim, e creio que vai ser uma tarefa diária, como é gostar de outra pessoa com os seus defeitos e fraquezas, com quem por vezes temos de ser compreensivos e tolerantes, e outras permitir-nos sentir orgulho e amor.


Alma às 08:50
| comentar
Segunda-feira, 3 de Agosto de 2009

Sem respostas

Na tentativa de levar uma vida mais feliz, pergunto-me se devo ouvir o coração ou a razão.

Como pode ser que as duas partes de um todo sejam tão diferentes?

Com a razão posso reflectir sobre o que é bom ou mau na minha vida, tentar solucionar os problemas do dia-a-dia, ver os caminhos que encontro na minha frente e escolher aquele que melhor se adapta às minhas necessidades.

Com o coração não vejo os caminhos mas sinto a sua existência.

Que fazer quando a cabeça e o coração nos mandam por caminhos opostos?

No fundo a felicidade está nas pequenas coisas que podemos sentir na pele... ou não...

Certo é que tanto a razão como o coração se podem enganar, e enganam.

Deveria então procurar um caminho intermédio?

Nesse caso, não ouvindo nenhuma das duas partes, não estarei a dar o passo mais errado de sempre?

Procuro na experiencia dos outros e também não vejo a luz.

Se calhar esqueci-me de pagar a factura da EDP e cortaram-me o fornecimento... devo acender já as velas?

Olho para dentro de mim e não encontro respostas, só mais e mais perguntas às quais não sei responder.


Alma às 23:40
| comentar
Domingo, 2 de Agosto de 2009

Botão ON/OFF

Gostava de ter um botão onde me pudesse desligar por algum tempo.

Primeiro desligo o botão e por instantes a energia não se transmite no meu corpo, assim como os pensamentos.
Aceito a vida como ma ditam, não questiono as verdades nem as mentiras.
Agora é tudo como me dizem, aceito e contento-me com as respostas que me dão, por pouco sentido que tenham.
Posso acreditar que o mundo é um sitio belo, que os humanos temos um coração grande, que não existe dôr.
Posso acreditar que o sol gira à minha volta quando tenho frio e que a lua me abraça cada noite quando tenho medo da escuridão.

Depois alguém liga o botão.
Volto a poder pensar, questiono o que vejo e oiço, volto a duvidar de tudo e todos, volto a sentir frio e medo... mas também volto a sentir o amor, a amizade, a alegria de viver...(?)...

Agora controlo a minha vida!
Já não sou uma marioneta. Pelo menos, até me desligar novamente.


Alma às 23:23
| comentar

Tributo à minha vida

Desde que nasci até hoje, muitas pessoas passaram pela minha vida.
Algumas vieram para ficar (poucas), outras estiveram mais ou menos tempo, mas todas foram, à sua maneira, importantes.
Houve momentos em que desejei não ter conhecido algumas, momentos em que desejei tê-las conhecido antes, momentos em que tinha desejado conhecer melhor...
Hoje quero agradecer a todos aqueles que fizeram parte da minha vida porque me ajudaram a ser quem sou.
Àqueles que sempre estiveram ao meu lado, quando tentava afasta-los com palavras frias, que me ensinaram o verdadeiro valor da amizade.
Àqueles que, querendo ou não, me fizeram mal, que me fizeram acreditar em monstros e fantasmas, porque foram estes que me abriram os olhos para a vida (mesmo que em algumas situações me tenham tirado o meu lado menos bom).
Àqueles que puderam ver quem realmente sou e não fugiram... destes não há muitos na minha vida mas merecem um lugar previlegiado no meu coração!
Obrigado a todos estes caminhos que em algum momento se cruzaram com o meu, sou hoje o que sou.
Não podia deixar de agradecer a todos os que fizeram parte desta vida que é a minha...
Obrigado!!!


Alma às 12:05
| comentar | _____________ver comentários (1)
Sábado, 1 de Agosto de 2009

Sinceridade

Hoje fui sincero. Primeiro fui sincero comigo mesmo. À algum tempo que não me sentava a me ouvir, não queria conhecer as minhas razões, os meus sentimentos, medos e desejos. Depois fui sincero contigo... Não me pudeste ouvir mas falei-te. Tentei dizer-te tudo aquilo que nunca te disse. Contei-te até aquilo que não queria contar. Abri o meu coração para que pudesses ver os meus sentimentos... e senti medo! Não medo de te perder porque sei que não te tenho. É outro tipo de medo. Medo de me perder, de já me ter perdido!


Alma às 23:00
| comentar

Perdão

Se pudesse voltar atrás e mudar algumas coisas na minha vida, voltava.
Não mudaria muito, não mudava os grandes erros dos quais retirei valiosos ensinamentos. Ficaria pelas tontices sem significado que não me ensinaram nada e me fizeram perder tudo aquilo que era realmente importante nesse momento.

Mudava os momentos em que magoei. Não para mudar o curso que seguiu a vida depois das minhas acções mas sim para tirar um pouco do sofrimento a um mundo que já tem muito.

Gostava de inventar uma palavra, parecida com perdão, para a oferecer aqueles em que em algum momento pude fazer sofrer com as minhas palavras e acções. Não para que me perdoassem e fazer de conta que não tinha acontecido nada, isso não é o que pretendo, mas que essa palavra apagasse a dôr causada aos outros e que as consequencias dos meus erros afectassem apenas a minha vida.

Procuro o porquê do meu ser e não encontro, não posso culpar ninguém pelo mal que fiz na vida e não encontro explicação para ter dado certos "passos" no caminho errado. Nunca foi a minha intenção.

Apenas peço que a dôr por mim causada a alguém deste mundo se converta num mundo melhor, numa felicidade sincera e que as lágrimas apenas cubram o meu rosto.

sinto-me: arrependido

Alma às 09:00
| comentar | _____________ver comentários (6)

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

posts por mês:

Abril 2014

Fevereiro 2014

Abril 2012

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Novembro 2010

Setembro 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Fevereiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

tags

todas as tags

mais sobre mim:


quem sou?

seguir perfil

. 19 seguidores