Terça-feira, 8 de Junho de 2010
Sinto a passagem do tempo como vento que sopra em diferentes direcções, com diferentes intensidades, ocasionando mais ou menos destroços, dependendo do azar talvez?
E como o vento, o tempo passa levando pequenos fragmentos do passado como se de areia ou pó se tratasse.
Fragmentos tão pequenos que incorporam o momento fazendo do passado parte do presente e do presente parte do passado, condicionando as respostas e as perguntas, encaminhando as nossas vidas por um caminho onde não existe o esquecimento e onde cada momento dura eternamente, independentemente das emoções que nos tragam.
Não posso fazer parar o vento, apenas esperar que acalme.
Não posso retirar da minha vida as recordações... afinal, sem elas esta não seria a minha vida!!!
Sábado, 5 de Junho de 2010
Na tentativa de entender o mundo, muitas vezes perco-me em palavras que sei serem ocas, sem sentido, tentando acreditar nelas a qualquer custo, decepcionando-me em seguida quando acontece o inevitável e me apercebo que eram vazias de significado. Afinal, as palavras são palavras, nada mais, e se não forem acompanhadas de actos perdem-se no tempo, perdem a sua força e transformam-se num passado distante e irreal do que uma vez foi um sonho.
Não que sejam sempre falsas, mas sós não têm o poder de perdurar numa vida repleta de mudanças.
Por vezes, são palavras ditas com o intuito de alcançar um objectivo, outras, são palavras em parte sentidas. Meias palavras, meias verdades... e cada qual tem de interpreta-las, fazê-las suas ou deixá-las voar como notas de música ao vento.
Palavras que mudam com cada resposta, cada gesto, cada acção... impossível saber para onde vão, e dificilmente descobrir de onde realmente vêm.
As palavras têm a capacidade de se transformar, podendo adaptar-se ao meio, adoptando a forma dos lábios que lhes dão vida e dos ouvidos que as recebem, são rosas e espinhos...
E neste mundo, muitas vezes, são tudo por serem a forma básica de nos fazermos entender.
Quinta-feira, 3 de Junho de 2010
Cada vez me convenço mais que não querem endireitar isto. O parlamento europeu, local onde se tomam as grandes decisões, mais parece um teatro. Sempre que alguém diz umas verdades que toda a gente aprovaria, calam-no porque terminou o seu tempo de palavra, e eu pergunto, afinal a que se joga ali?
Parece que sempre que haja um problema, em vez de se procurar soluções, procura-se a forma de ganhar dinheiro. É o mundo virado ao contrário.
No vídeo seguinte é interessante pela clareza do discurso do eurodeputado, mas o melhor é a cara dos outros, que mais parece que não é nada com eles.
A corrupção e o jogo de interesses não é um exclusivo do nosso país.