Sábado, 25 de Junho de 2011
O pânico e o terror, são dos motores que, desde os tempos mais remotos, têm movido o mundo. Terror ao inimigo, hipotético muitas vezes, às epidemias, ao alheio, ao desconhecido...
Mas, nestes medos não se encontra o pavor de ser manipulado, de ser mais uma ovelha no rebanho.
Curiosamente, sentimo-nos melhor ao partilhar opiniões, ao pertencer a um determinado grupo, sendo governados por um líder mesmo que este seja pouco honesto. Talvez pelo medo ancestral que temos em tomar as nossas próprias decisões. Assim é mais cómodo por sermos guiados, temendo sempre transpor os limites impostos, ou por vergonha, como pela sensação de que, se o fizermos, caminhamos para o ostracismo ou para a perseguição dos nossos congéneres.
Desde a mais tenra idade, a violência escolar ensina as crianças a não se afastarem da manada, sendo qualquer indivíduo diferente, seja por que motivo for, objecto das mais variadas agressões pelos colegas, vendo-se assim obrigados a ocultar os seus pensamentos, sonhos e diferenças, por detrás de uma máscara.
Mais tarde, já na juventude, a educação recebida é monocromática, exterminando toda a espécie de diferenciação que porventura haja, sobrevivendo ao crivo imposto pelos colegas de infância.
Não vou aqui afirmar que existe uma conspiração nisso para criar uma sociedade uniforme, porque sem dúvida essa é uma das características do animal que somos, pertencer à manada. Mas, inequivocamente não deixa de ser conveniente aos poderes estabelecidos.
Isto explica como, a submissão ao que é ditado pelo líder, pode obrigar pessoas, em princípio boas e incapazes de prejudicar alguém, a cometer as mais variadas atrocidades.
Da mesma forma, pessoas de bom íntimo, (porque nego-me a pensar que o povo alemão seja particularmente cruel), levaram a cabo, sob ordens, o extermínio dos judeus.
Devemos, assim, questionaram-nos se esta sociedade, no que diz respeito à educação recebida, que por outro lado é um pilar do nosso futuro, não deveria reequacionar os valores incutidos aos indivíduos desde a mais tenra idade, ou caminharemos sucessivamente para as mesmas atrocidades cometidas no passado. No entanto, mantenho a convicção de que disso resultaria um enfraquecimento do poder da classe política dominante.
Deixo aqui fotos da minha filha de 7 anos, sim, a que no ano passado frequentava o infantário, onde se podem ver os ferimentos causados por uma colega da manada do 1º ano.
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