Sábado, 6 de Novembro de 2010

Contigo...

Pego numa cadeira, sozinho, olhando o horizonte, e não posso evitar pensar em ti...
Os meus desejos transformam-se num sonho doce, no qual estás a meu lado, vendo o mesmo que eu, sentindo como eu este ar quase puro.
Imagino que cai a noite.
Daqui pode ver-se a escuridão do céu que apenas é rasgado pela luz da lua e das estrelas que brilham cheias de força e energia.
Estás ao meu lado quando cai a noite...
Vejo o teu sorriso e os teus olhos brilhantes.
Da tua boca sai um sussurro quase inaudível antes de nos perdermos no mar de sensações que me provoca sentir os teus lábios nos meus...
A noite fica eternamente curta.
Sinto cada segundo ao teu lado, o toque da tua pele, cada momento de puro prazer, até que, extasiados, contemplamos a chegada de um novo dia, vemos juntos o amanhecer...


Alma às 12:48
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Sábado, 5 de Junho de 2010

Palavras

Na tentativa de entender o mundo, muitas vezes perco-me em palavras que sei serem ocas, sem sentido, tentando acreditar nelas a qualquer custo, decepcionando-me em seguida quando acontece o inevitável e me apercebo que eram vazias de significado. Afinal, as palavras são palavras, nada mais, e se não forem acompanhadas de actos perdem-se no tempo, perdem a sua força e transformam-se num passado distante e irreal do que uma vez foi um sonho.
Não que sejam sempre falsas, mas sós não têm o poder de perdurar numa vida repleta de mudanças.
Por vezes, são palavras ditas com o intuito de alcançar um objectivo, outras, são palavras em parte sentidas. Meias palavras, meias verdades... e cada qual tem de interpreta-las, fazê-las suas ou deixá-las voar como notas de música ao vento.
Palavras que mudam com cada resposta, cada gesto, cada acção... impossível saber para onde vão, e dificilmente descobrir de onde realmente vêm.
As palavras têm a capacidade de se transformar, podendo adaptar-se ao meio, adoptando a forma dos lábios que lhes dão vida e dos ouvidos que as recebem, são rosas e espinhos...
E neste mundo, muitas vezes, são tudo por serem a forma básica de nos fazermos entender.


Alma às 23:41
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Sexta-feira, 28 de Maio de 2010

É hoje

Aprendemos que a vida é um momento especial, com presentes, com sonhos, com a esperança sobre as nossas cabeças, como um pêndulo que nos faz crescer e crescer. Sabemos que a casualidade e a predestinação não existem, que dentro de nós existe um motor que nos faz crescer mais, hoje, e nos dias que nos restam...
Em busca da perfeição da alma, descubro a experiencia maravilhosa de celebrar o presente e ainda mais... de amar a vida.
Por vezes a nostalgia ultrapassa a sua conta e mesmo que tentemos ver, enevoam-se os olhos, o futuro que não se espera, vale sempre a pena, será sempre um ensinamento e um dom.
Foram anos repletos de "tudo" e isso é o gosto de poder abraçar os sonhos e agarrar-me às estrelas.

É hoje o dia do meu feliz aniversário, intercalado com dias infelizes e outros assim-assim.
Feliz aniversário para mim!


Alma às 23:50
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Sábado, 22 de Maio de 2010

Ontem, tu e eu

Descalço, sentindo a areia branca da praia na planta dos pés, deixei voar a minha mente.
Os meus olhos perderam-se na mistura de cores, amarelo, laranja e vermelho que o horizonte me oferecia.
Senti como o cheiro salgado do mar purificava a minha alma e o meu corpo enquanto a minha mente me levava pelos caminhos do pecado.
Estava contigo!
Por momentos perdi a noção do espaço e do tempo.
Apenas uma ínfima corrente de ar separava os nossos lábios, as nossas mãos, os nossos corpos.
A luz da lua devolveu-me a realidade.
Hoje, a corrente de ar é enorme e no entanto sinto-te tão perto...


Alma às 08:36
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Segunda-feira, 17 de Maio de 2010

Escudo de pedra

Dentro de um já velho e quebradiço escudo de pedra, vivia um lindo coração. Certo dia, apareceu não se sabe de onde, um coração moribundo muito ferido e ensanguentado. O já frágil escudo acabou por ceder, partiu-se em mil pedaços caindo ao chão como as folhas no Outono. O coração ferido, ao ver tão útil protecção recolheu-o e forrou-se com os mil pedaços para estancar a sua hemorragia.
Agora, a detentora de tão belo e nobre órgão, pensa mais com o coração que com a razão.
Há momentos para tudo, até para nos deixarmos levar... em busca da felicidade.


Alma às 06:59
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Sexta-feira, 14 de Maio de 2010

Acordar

Quando algo corre mal, tudo corre mal...
Quando decidi aceitar o caminho que tinha escolhido, o caminho mudou.
Agora, perdido, procuro na escuridão o caminho perdido ou outro, simplesmente com a intenção de continuar a dar passos, não interessando a direcção.
Em frente vejo o abismo que eu próprio construí ao longo dos tempos e do qual me tentava distanciar cada vez mais.
Exausto, pergunto se não terá sido tudo um pesadelo. A resposta chegará com o tempo...

Apenas quero acordar, seja num caminho repleto de flores e luz ou no caminho oposto, o das trevas. Quero que o tempo passe e que chegue o futuro, bom ou mau, e poder continuar a caminhar, errando, levantando-me, chorando e rindo.

Acordar e que seja manhã.


Alma às 22:31
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Quarta-feira, 12 de Maio de 2010

E agora...

Agora é isto que tenho. Começo uma vida nova, nem melhor nem pior, apenas diferente.
O caminho não é fácil, nem agradável,... é um caminho inesperado, fruto das indecisões, dos erros, das mudanças, da resignação... É o meu novo caminho.
Olho para trás e vejo que já nada será como antes. Pergunto-me se é a vida com que sonhei, sei que não, mas olho em frente e digo: Agora, é esta a minha vida!


Alma às 18:59
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Sábado, 8 de Maio de 2010

O nosso caminho

Algo belo na vida, e por vezes também doloroso, é não saber exactamente onde nos leva cada caminho. Por sorte, temos sempre opções que devemos escolher consoante nos pareça mais aceitável, sabendo de antemão que essa selecção nos abre ou fecha diversas "portas".
Muitas vezes escolhemos o caminho tendo em mente uma meta, outras porque consideramos ser a melhor saída. Há ainda outras vezes em que, de uma ou outra forma, levam-nos a fazê-lo.
Certo é que estes caminhos trazem consequências, boas ou más, e que mesmo que se possa partilhar tanto a dor como a felicidade, o caminho é o nosso, assim como as consequências que daí advirão.
Muitas vezes enganamo-nos e afastamo-nos do caminho desejado, muitas outras sairá melhor do que tínhamos pensado.
Esta é a beleza da vida humana, ter sempre opções mesmo que não saibamos o que escolher...


Alma às 23:27
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Segunda-feira, 3 de Maio de 2010

Carta à minha filha

É difícil educar quando se está submerso num mar de dúvidas.
Por vezes creio que como pai tenho de te impor determinadas regras que supostamente te ajudarão no teu futuro, mas isso colide com a minha forma de pensar.
Dou-te liberdade para escolher quando ainda não estás preparada para o fazer, ou estás?
Também não sei se gostaras de conhecer o poder da verdade e do pensamento.  Se calhar preferes a falsa felicidade da ignorância e eu arrebato-ta desde tão tenra idade.
Apenas tenho certeza que me enganarei muitas vezes, pensando sempre no melhor para ti...
Espero que cresças bem e feliz e que algum dia saibas ver que as minhas acções são uma tentativa desesperada e imperfeita de tornar a tua vida mais fácil. Faço-o desde o meu ponto de vista que certamente não coincidirá com o teu, mas é o único que tenho.
Não pretendo fazer-te à minha imagem e semelhança, apenas ensinar-te a ser tu mesma, a dar os teus passos no caminho por ti escolhido.
Quero a tua felicidade acima de tudo e se me engano, perdoa-me e ensina-me a fazê-lo melhor.
Ouvir-te-ei, tentarei compreender as tuas palavras e vou amar-te para sempre!


Alma às 21:52
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Sábado, 1 de Maio de 2010

ADEUS

Hoje despeço-me de ti, das tuas recordações que tardavam em desaparecer, do amor que sentia por ti, das lágrimas que a cada noite derramei, da ansiedade que sentia ao pensar em ti, da intranquilidade...
Não me valorizaste, não me respeitaste, usaste-me descaradamente e foste tu quem deitou tudo a perder, mas a minha consciência está tranquila porque apenas te quis fazer feliz, com os meus enganos e erros, mas ninguém é perfeito.

Depois de tudo de mal que passei por ti e no poço sem fundo em que me encontrava, agradeço que tenhas passado pela minha vida, apesar de teres deixado o sabor mais amargo que se possa provar, deixaste-me algum ensinamento, aprendi a valorizar-me, a ver o mundo para além dos teus olhos, a perceber que há um mundo depois de ti.

Acabou! Agora sou a minha lei, a minha palavra, o meu corpo, sou eu. Não preciso de ti para ser feliz, mesmo que jamais te esqueça, não preciso de ti.
Sigo com a minha vida, que agora redescubro, tenho tanto para dar e tanto para receber.

Tenho pena não me despedir de ti convenientemente, olhos nos olhos, mas tu assim quiseste. Havia muitas coisas por dizer, umas boas outras nem por isso.

Espero do fundo do coração que te consigas tratar e que encontres alguém que te faça feliz.

Por ultimo, despeço-me para sempre da pessoa que deixaste caída, da qual apenas restavam pedaços, a que deixou tudo por ti.

ADEUS


Alma às 23:48
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Terça-feira, 27 de Abril de 2010

Sentimento de impotência

Hoje é um daqueles dias em que, se pudesse, renunciaria a capacidade de pensar.
Talvez o problema seja que não penso de uma forma lógica e ordenada, mas também acho que não é possível fazê-lo em determinadas situações.
Nem tudo o que parece é, no entanto, tenho de considerar a possibilidade de o ser, e isso aterroriza-me.
Ainda assim, as soluções que encontro, no meio deste caos mental, não são de todo boas ou adequadas...

Isto já me aconteceu antes. Nesse momento difícil, chocando com a opinião de alguns, deixar o tempo passar. Fico feliz por tê-lo feito pois estavam enganados e uma atitude alarmista não seria boa para ninguém. Agora repete-se... é certo que da primeira vez era falso alarme, o que não significa que desta vez também o seja.
Não sei que pensar, muito menos que fazer!

Escrever ajuda-me a ordenar as ideias e tem um poder tranquilizante sobre mim. Já quase me sinto com forças para enfrentar a situação de uma forma calma.
Nisto, não me posso dar ao luxo de me enganar!

Oxalá, algum dia, possamos viver felizes num mundo sem maldade...


Alma às 20:18
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Domingo, 25 de Abril de 2010

Tudo muda

Tudo muda com o tempo.
A forma de pensar que tinha há 10 anos não é a mesma com que penso hoje.
Mudam os sentimentos, mudam os gostos, os desejos, os sonhos...
Mudam os amigos, as necessidades, muda a família...
No entanto a mudança que mais influenciou a minha vida, nem sempre a vejo... a minha mudança pessoal, o modo de interacção com o mundo.
Tudo muda com o tempo...
Tudo muda com as nossas mudanças.


Alma às 22:29
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Sábado, 17 de Abril de 2010

Um horizonte de possibilidades

Fecho os olhos e estou numa praia deserta.
Sentado na areia, os pés dispostos a sentir as ondas que, mais atrevidas, decidem rebentar perto.
O meu olhar perde-se no horizonte, onde ainda estão abertas todas as possibilidades.
Sinto o vento quente nas costas nuas, sinto como acaricia a minha pele.
Pego um punhado de areia e sinto como se me escapa por entre os dedos.
Por vezes, também permiti que momentos bons da minha vida se escapassem assim, sem fazer nada para alterar o rumo...
Respiro profundamente, tentando absorver todo o ar que me rodeia. Talvez queira respirar também o calor do sol que já toca a água, lá longe, onde apenas chega a minha imaginação.
Aí, o sol vai-se apagando com a água. Também a água ferve e evapora ao tocar o sol.
Vejo como nascem as primeiras estrelas...
Penso que a água ao evaporar levou pequenos pedaços de sol até ao céu e assim nasceram essas pequenas estrelas.
O vento já não é tão quente.
Começo a sentir frio e abraço-me.
Levanto-me, disposto a terminar o dia.
Abro os olhos.
O sol ainda brilha.
Não há estrelas.
Ainda tenho tempo para voltar a fecha-los ou para me fazer ao mundo e ser feliz.
Apenas tenho de encontrar as chaves!


Alma às 22:37
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Quinta-feira, 15 de Abril de 2010

Dizem que

O amor é sempre novo. Não interessa que amemos uma, duas ou dez vezes na vida, estaremos sempre perante uma situação desconhecida.
O amor pode levar-nos ao inferno ou ao paraíso, mas leva-nos sempre a algum sitio.
É necessário procurar o amor onde quer que esteja, mesmo que isso demore horas, dias ou semanas de decepção e tristeza.
Há que encontrá-lo, e para isso teremos de o desejar do fundo do coração para que venha até nós ou para que possamos ir até ele.


Alma às 21:06
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Quarta-feira, 14 de Abril de 2010

A busca

Vasculhei todo o quarto, passando pelo espelho, o armário e pelas minhas mãos.
Levantei a almofada e sacudi os meus sonhos.
Abri cada porta, gaveta e caixote.
Destapei o guarda-jóias e as caixas de musica.
Desmontei a televisão, as cadeiras e as minhas entranhas.
Espreitei debaixo da cama, entre os lençóis, por cima da cómoda, por detrás das tuas fotos.
Remexi as minhas palavras, as minhas promessas e os meus Sábados...
mas não te encontrei... apenas o teu cheiro que perdura no pijama.


Alma às 23:41
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Terça-feira, 13 de Abril de 2010

Não me lembro...

...de quando o fiz pela última vez.
Apenas me lembro que era bom.
Tenho tantas saudades...
...de sorrir.


Alma às 14:06
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Segunda-feira, 12 de Abril de 2010

201 dias

Hoje enchi-me de recordações.
Recordações dos 201 dias mais felizes da minha vida.
Recordações de olhares e sorrisos cúmplices, de promessas perdidas no tempo, de vazio e de plenitude.
Recordei cada lugar, cada sentido, cada momento.
Momentos únicos, irrepetíveis, graças a ti.
Alguns perdidos no passado, outros lutando pelo presente.
Algumas recordações vivem em mim como sinais apenas perceptíveis, outros são cicatrizes que o tempo curará à sua maneira e que apenas recordo como se fizeram.
Ficaram os bons momentos, a parte feliz, a recordação doce do passado.
Há momentos que desejava reviver com a mesma intensidade, outros que gostaria de poder mudar para que fossem como tantas vezes sonhados.

E no entanto... todos são perfeitos!

Obrigado por tudo.

Amo-te muito.


Alma às 23:49
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Quinta-feira, 8 de Abril de 2010

É melhor caminhar

Diversas vezes parei para pensar como teria sido a minha vida se tivesse feito determinadas coisas ou tivesse deixado de fazer outras.
Quase sempre termino a me perguntar se teria sido feliz...

Suponho que a busca da felicidade é algo que não me abandonaria. Seguramente tentaria ser feliz com o que me calhasse e iria pensar como seria a vida com a escolha que fiz em determinado momento.

Então... sempre seria quase feliz.
Para alcançar a felicidade que procuro, talvez não baste deixar de pensar em "que teria acontecido se...", mas seria certamente um começo!

Viver a vida tirando o máximo proveito, aceitando a felicidade que já tenho e deixar de sonhar com a felicidade que não está nas minhas mãos, pode ser o caminho a seguir.


Alma às 23:52
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Terça-feira, 6 de Abril de 2010

Controlando as emoções

Não devemos confundir controlar as emoções com reprimi-las. Não devemos ignorar ou ocultar as emoções, mas sim aprender a viver com a serenidade suficiente, convivendo e controlando as nossas reacções. Zangar-se de forma violenta ou aceitar uma situação injusta terá consequências negativas para nós, por mais razão que tenhamos. Sermos capazes de controlar as nossas emoções, expressa-las da forma correcta e oferecer uma resposta assertiva, terá uma grande influência no nosso próprio bem-estar e nas nossas relações.


Alma às 23:23
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Sexta-feira, 2 de Abril de 2010

A porta

-Então vemo-nos amanhã?

-Claro que sim, não iria embora sem antes me despedir de ti...

Passaram as horas. Ela olhava para a porta fechada. Pela janela via carros e pessoas em movimento... A porta não se abria!
Cansada de esperar, com os olhos cobertos de tristeza, levantou-se do sofá e abriu a porta.
No chão estava um bilhete:

"Vim despedir-me e encontrei uma porta fechada"


Alma às 20:28
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Terça-feira, 23 de Fevereiro de 2010

Quando não há opção

Vivo num sonho que é a minha vida no qual tu és a protagonista, vivo uma fantasia que é a minha realidade na qual tu és a faísca, faísca de ignição que faz com que tudo funcione, que tudo tenha sentido, que nada esteja a mais. Vivo pendente de um segundo enquanto passam as horas e os dias, porque apenas um segundo, um sorriso teu, pode mudar o rumo do mundo, pode mudar o sentido do universo...

Às vezes pergunto-me se isto tudo é real ou estou a inventar, se só é uma tentativa de acreditar no que não creio... é difícil entender isto imensamente belo que sinto.
Nunca acreditei nos contos de príncipes azuis que montam cavalos brancos para resgatar a sua princesa, nunca acreditei nos guiões de filmes de amor que a história nos deixou, nunca acreditei no destino, e pode ser que, mesmo que assim o tenha desejado, nunca tenha acreditado no amor. Poderia dizer que alteraste tudo, mas não seria verdade, continuo a não acreditar nesses contos, continuo a não acreditar nesses guiões de amor, mas hoje, sim acredito no amor, porque seria um delito e uma estupidez dizer que não acredito em ti, e posso até dizer hoje, acredito que o meu destino és tu.
Amar-te não é uma opção na minha vida, amar-te não é uma coisa que possa escolher, amar-te converteu-se na minha forma de vida, no meu sentido de viver.


Alma às 08:50
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Quarta-feira, 2 de Dezembro de 2009

A inveja

A inveja é o pior, mais tormentoso e vergonhoso dos sentimentos que podem contaminar o coração humano. O invejoso, sentindo-se mesquinho face aos outros e ao mesmo tempo inepto para se livrar da mesquinhez, vive em guerra e contínua angustia consigo próprio e com os outros.

A felicidade não depende do que nos falta, mas sim do esmerado cultivo e admiração pelo que temos. A felicidade faz-se, não se encontra, brota do interior, não vem de fora.


Alma às 08:52
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Segunda-feira, 23 de Novembro de 2009

O rumo da vida

É curioso como em apenas um segundo podemos mudar o rumo da nossa vida. A vida segue um determinado caminho, e de repente tomamos uma decisão que, mesmo sem darmos conta, muda de sentido para um caminho distinto.

Que teria acontecido se nessa noite não tivesse saído?
Que teria acontecido se nessa noite não te tivesse acompanhado a casa?
Que teria acontecido se não tivesse ficado até ao fim da noite?
Que teria acontecido se não te tivesse olhando fixamente nos olhos?

Tudo seria diferente, e não quero saber como seria, porque é graças a essas pequenas decisões, somadas às que tu tomaste, que hoje sou feliz.
Todos os dias tomamos centenas de decisões que, sem nos apercebermos, nos mudam a vida. Qualquer pequena alteração, ou ausência da mesma, modifica todo o nosso futuro.

"O bater de asas de uma simples borboleta poderia influenciar o curso natural das coisas e, assim, talvez provocar um tufão do outro lado do mundo." (teoria do caos)

Hoje estou contente com todos os erros que cometi, com todas as decisões que tomei ao longo da minha vida, as boas e as más, porque se tivesse trocado apenas uma eu não estaria aqui, e é aqui onde eu quero estar.

Agradeço a mim mesmo por todos os erros do meu passado.


Alma às 21:21
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Sexta-feira, 9 de Outubro de 2009

Tu

Estava a pensar num tema para o post... para quê se apenas penso em ti...? Eu que estava todo orgulhoso da minha independência, da minha liberdade... Eu que há algum tempo dizia e gritava que não necessitava de ninguém... Agora cada dia necessito mais de ti... Odeio esta sensação, mas não consigo não me deixar levar. Porque quando penso em mim penso em ti... Vejo-me quando te vejo... E é difícil ao ver-me não pensar em ti... Como ao ver-te não pensar em mim, o que me leva a concluir que, sendo egoísta como sou, e se tu és eu, nada pode correr mal. Mas claro, tu és muito mais. Alguém com quem posso aprender, alguém a quem posso ensinar, alguém que me amará quando eu não o fizer, alguém a quem amar e sentir satisfação. Alguém que me dará forças quando necessitar e alguém que me fará sentir forte quando tu precisares. Quero fugir disto... eu não, não, não... não o quero fazer. Talvez se me rir, admitindo que tu és eu... voltarei a ver o resto das coisas. Voltarei a ser eu. Creio que é nisso que consiste este post.


Alma às 16:35
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Quinta-feira, 24 de Setembro de 2009

Para sempre... ou não...

Para sempre... Fico a pensar que talvez seja para muito tempo e realmente não é assim. Dizemos que um amor é para sempre, mas ao fim e ao cabo separamo-nos por muito apaixonados que estejamos. O incrível hoje em dia são casamentos que chegam a celebrar 50 ou mais anos juntos e mesmo assim a vida para eles também não seria para sempre. Um filho é para sempre mas abandona o lar à primeira oportunidade para iniciar a sua própria vida... essa é a lei da vida. Afinal o que é para sempre??? ou de quanto tempo se trata quando o dizemos?? Acho que deveríamos saber em que consiste esse tempo e o que se pode fazer com ele. Visto os tempos que correm talvez fosse melhor eliminar essa frase porque parece-me que para sempre não há nada, muito menos o amor, ou mesmo a vida. Para sempre... é melhor não o prometer nem jurar porque depois temos de o cumprir e isso já é outra cantiga...


Alma às 16:53
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Sexta-feira, 18 de Setembro de 2009

Novamente jovem

Há já umas semanas que a frase "não me interessa se vou morrer agora mesmo" deixou de fazer sentido. Tenho vontade de viver, de ser feliz, de beijar, de me apaixonar perdidamente, de sair, de respirar... tenho vontade de ser novamente jovem, e não quero saber se o mundo está mal, não quero saber de nada porque já sacrifiquei a minha felicidade por me preocupar com algo que não posso solucionar. Daqui em diante dedicar-me-ei a viver, a não me arrepender de algo que não fiz... de te dizer vem e te dar um beijo mesmo que não sejas a mulher da minha vida, ou talvez sim??? Não vou parar para pensar nisso, simplesmente vou desfrutar-te enquanto puder e quiser... porque mereço ter novamente 18 anos...


Alma às 20:06
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Sábado, 12 de Setembro de 2009

Como se mede a vida

A vida não se mede somando pontos.
A vida não se mede pelo número de amigos que tens, nem pela forma que os outros te aceitam.
Não se mede segundo com quem sais, com quem costumavas sair, nem pelo numero de pessoas com quem saíste, nem por se nunca saíste com ninguém.
Não se mede pelo número de pessoas que beijaste.
Não se mede pela importância da tua família, pelo dinheiro que tens, pela marca de carro que conduzes, nem pelo local onde estudas ou trabalhas.
Não se mede pela tua beleza física, pela marca de roupa que vestes, nem pelos sapatos, nem pelo tipo de musica que gostas.
A vida não é nada disso.
A vida mede-se segundo a quem amas e a quem magoas.
Mede-se segundo a felicidade ou tristeza que proporcionas aos outros.
Mede-se pelos compromissos que cumpres e pelas confianças que atraiçoas.
Mede-se pelo sabor que deixas na boca dos outros com a tua presença e com os teus comentários.
Trata-se da amizade, a qual pode ser usada como algo sagrado ou como uma arma.
Trata-se do que se diz, o que se faz e o que se quer dizer ou fazer, seja maléfico ou benéfico.
Trata-se dos juízos que formulas e a quem ou contra quem os comentas.
Trata-se de a quem ignoras intencionalmente.
Trata-se dos ciúmes, do medo, da ignorância e da vingança.
Trata-se do amor, o respeito e o ódio que tens dentro de ti, de como o cultivas e de como o regas.
Principalmente trata-se de se usas a vida para alimentar o coração de outros.
Tu e só tu escolhes a forma como vais afectar os outros, e essas decisões são do que trata a vida.
A vida será tão justa contigo como é com os outros.
Fazer um amigo é fácil, uma graça.
Ter um amigo é um dom.
Conservar um amigo é uma virtude.
Ser um amigo é uma honra.
Mas a vida fala de ti, por aqueles amigos que fielmente soubeste conservar.
Por aqueles a quem te soubeste entregar sem exigências.
Aqueles que quando não estás choram a tua ausência.


Alma às 08:21
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Sexta-feira, 11 de Setembro de 2009

Cria o teu próprio mérito

Não dependas nunca da admiração dos outros.
Não tem nenhum valor. O mérito pessoal, não pode proceder de uma fonte externa.
Não o encontrarás em relações pessoais, nem na estima dos outros.
É sabido que as pessoas, incluindo aqueles que gostam de ti, não estão necessariamente de acordo com as tuas ideias, não te compreenderão nem compartilharam o teu entusiasmo. Amadurece! Não interessa o que os outros pensam de ti!
Cria o teu próprio mérito.
O mérito pessoal não pode ser alcançado mediante a relação com pessoas de excelência.
Foi-te encomendada uma tarefa que deves levar a cabo. Põe mãos à obra, faz o melhor que puderes e prescinde de quem te possa estar a controlar.
Leva a cabo um trabalho útil, mantendo-te indiferente à honra e à admiração que o teu esforço possa suscitar nos outros.
O mérito alheio não existe.
Os triunfos e excelências dos outros, a eles pertencem. Assim como podes ser de grandes posses, mas a tua pessoa não adquirirá excelência através delas.
Pensa: O que é realmente teu?
O uso que fazes das ideias, recursos e oportunidades que se te apresentam.
Tens livros? Lê-os. Aprende com eles. Aplica a sua sabedoria.
Tens conhecimentos especializados? Emprega-os a fundo com um bom objectivo.
Tira o maior proveito do que tens, do que é realmente teu.
Podes estar razoavelmente confortável e contente contigo mesmo, se harmonizas os teus actos com a natureza mediante o conhecimento do que é verdadeiramente teu.


Alma às 08:53
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Sábado, 22 de Agosto de 2009

O rumor

Numa pequena aldeia morava uma velha com dois netos, um de 17 e a neta de 14 anos de idade. Certo dia, enquanto lhes servia o pequeno-almoço tinha uma expressão de preocupação.
Os netos perguntaram-lhe qual a razão de tal preocupação, ao que ela responde "Não sei, mas acordei com o pressentimento de que algo de muito grave vai acontecer a esta aldeia".
O neto vai ao salão de jogos para mais uma partida de bilhar com os amigos, e no momento em que ia fazer uma jogada muito fácil, o adversário disse-lhe: "Aposto cinco euros em como não a fazes".
Todos se riem. Ele ri-se. Dá a tacada e não consegue marcar a bola. Paga os cinco euros e todos lhe perguntam o que se passou, sendo uma jogada tão fácil e ele respondeu: "É verdade, mas estou preocupado com uma coisa que me disse a minha avó esta manhã sobre algo muito grave que vai acontecer a esta aldeia.
Todos se riram dele, e aquele que ganhou os cinco euros regressa a casa, e diz com ar tanto feliz como de troça à mãe: "Ganhei este dinheiro ao Zeca de uma forma muito simples porque ele é um tótó. Ao fazer uma jogada muito simples ficou perturbado com a ideia de que a sua avó hoje acordou com a ideia de que algo muito grave vai acontecer a esta aldeia"
A mãe responde com ar de reprovação: "Não troces dos pressentimentos dos velhos porque às vezes acontecem".
A sua tia ouve a conversa e de seguida vai ao talho. Chegada ao talho diz ao empregado: "Dê-me um quilo de carne", e no momento em que ele cortava, ela diz-lhe: "É melhor cortar dois, porque andam a dizer que algo muito grave vai acontecer a esta aldeia, e é melhor estar preparada".
O empregado avia a cliente e quando entra uma senhora para comprar um quilo de carne, diz: "É melhor levar dois porque andam a dizer que algo muito grave vai acontecer a esta aldeia, e que já se estão a preparar comprando coisas".
A senhora responde: "Tenho vários filhos, é melhor levar quatro quilos..." Leva os quatro quilos, e para não alongar muito este conto, direi que o talho esgotou a carne em meia hora, matam outra vaca, vende-a toda e vai-se espalhando o rumor.
Chega o ponto em que todos os habitantes da aldeia, estão à espera que aconteça algo.
Todos param de trabalhar ao meio-dia e alguém disse: "Já repararam no calor que está?" Responde-lhe um: "Mas nesta aldeia está sempre calor!" Diz um terceiro: "No entanto, a esta hora nunca esteve tanto calor."
Na aldeia deserta, na praça deserta, pousa um pequeno passarinho e corre a notícia: "Está um passarinho na praça".
Toda a gente vem à praça admirar o passarinho, e diz um: "Sempre pousaram passarinhos na praça" Responde outro: "Sim, mas nunca a esta hora".
Chegam a um estado de tensão tal, que todos querem ir embora mas não têm coragem para o fazer.
-Eu sou muito homem - grita um-. Vou embora.
Pega nos seus móveis, nos seus filhos, nos seus animais, mete-os na carroça e atravessa a praça central onde todos o vêm. Até que todos dizem: "Se este se atreve, então nós também vamos".
E começam literalmente a desmantelar a aldeia. Levam tudo.
Um dos últimos a abandonar a aldeia, diz: "Que não venha a desgraça cair sobre o que resta da nossa casa", e incendeia-a seguido de todos os outros.
Fogem num verdadeiro e tremendo pânico, como um êxodo de guerra, e no meio deles vai a velha que teve o pressentimento, e diz ao neto que está a seu lado: "Viste meu neto, como algo muito grave ia acontecer a esta aldeia?"
A isto chama-se a profecia auto-cumprida. Não dês ouvidos aos rumores. Não sejas tu um instrumento para criar o caos. Vamos construir, não destruir!


Alma às 15:30
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Sábado, 15 de Agosto de 2009

Riqueza ou fortuna

Há muito muito tempo... quando tinha 17 anos fui estudar para a cidade. Conheci uma colega de escola, que passava despercebida não fosse a magia que transmitia só ao passar ao lado. Não sei se eram os seus olhos verdes ou aquele sorriso sincero que não hesitava em brilhar. Não foi a sua amizade que me marcou, ou a paixoneta que tivemos ou até o sorriso que me ficou de recordação da sua passagem pela minha vida. Ela ensinou-me a diferença entre fortuna e riqueza.

Por se tratar de uma história verídica, vamos dar-lhe um nome para a distinguir, vamos chama-la de Laura.

Laura era uma rapariga alegre, risonha mas notava-se uma certa distracção como que encandeada por algum pensamento. Era membro de uma família importante economicamente apesar de não se notar na sua forma de ser e de vestir. Fiquei surpreso quando aquela rapariga simples me convidou para ir a sua casa ;) e me vi diante das portas daquele casarão. Mas notei que os seus olhos perdiam brilho ao entrar naquela casa.

Era outra Laura, inquieta, triste, atormentada. Disse-me para irmos rapidamente para o seu quarto e descobri o porquê da sua reacção. A sua mãe.

A mãe da Laura era uma senhora ricaça que nunca teve de trabalhar, pois tudo provinha da herança e, abituada aos caprichos da boa vida tinha-se convencido que era intocavel e por isso, pensava que tinha o direito de controlar toda a gente como lhe apetecesse. "Assaltou-me" na primeira sala fazendo um sem fim de perguntas pessoais e olhando de nariz empinado com ar depreciativo. Mas notei algo errado, nunca tinha estado antes numa situação idêntica e naquele momento a minha capacidade de reacção era equitativa à minha tenrra idade.

Transposta a barreira matriarcal, fomos para o quarto "estudar". Era uma pequena divisão, muito simples comparativamente com o resto da casa. Laura dirigiu-se à casa de banho para poder trocar de roupa e vestir algo mais comodo visto não poder sair mais de casa. Essa expressão "não poder sair mais de casa" marelou-me os ouvidos. Que se passa nesta casa? perguntei inquieto, intrigado e com desejos de saber a verdade. Laura despiu-se e trocou de roupa. Num descuido ;) dela pude reparar numa enorme mancha no seu braço, era uma ferida profunda que depressa se tapou com a nova camisola (na semana passada vi que ainda tem a cicatriz). Ao por a roupa num cesto caiulhe um par de calças, o qual recolhi e ao fazê-lo, piquei-me. Espreitei e vi algo horrivel. As calças estavam remendadas por dentro com uma especie de gesso e cola. Por fora parecia apenas roto mas por dentro deixava marcas nas pernas de Laura.

-Laura, o que é isto?

-Não te preocupes G.

-Como posso não me preocupar? Estás toda ferida. Tens uma ferida no braço e estas calças magoam-te nas pernas. Como remendaste as calças assim? Compra outras.

-Não fui eu que as remendei... e quem me dera poder comprar outras. -disse olhando tristemente o infinito. -Inclusivamente terei de abandonar os estudos...

E assim começou a contar-me a sua vida. Laura era adoptada. Pela idade, os seus pais poderiam ser seua avós, mas naqueles anos 80, em que o dinheiro e as influências dos ricaços pagavam tudo, isso não era problema. A sua mãe, uma mulher dominante e manipuladora, humilhava-a constantemente dizendo coisas como "és de uma raça inferior à minha...", "recolhi-te do lixo e deverias estar agradecida...", e outros insultos piores. Até com os ciumes que tinha da relação dela com o pai, que era o unico que a ouvia, proibia-a de estar só com ele dizendo que era um homem e ela uma mulher... isso a uma criança de 8 anos, idade que Laura recorda ter sido o inapropriado episódio.

Não podia comprar roupa nem nada, apenas recebia uma ridicula mesada de 3 contos, que para aqueles que não se recordam do escudo, seria mais ou menos 15 euros. Laura, relatou-me os seus maus tratos fisicos e psicologicos, os ciumes de sua mãe porque ela sempre quiz ser bonita e nunca o foi... ao contrário Laura sempre foi um anjo. Mesmo vivendo num inferno era um belo anjo...

-G, vou ter de abandonar os estudos porque apenas me pagam a matricula e não posso viver com 3 contos por mês, fotocópias, livros, etc. Vou embora, já sou maior e ofereceram-me trabalho na discoteca com o qual espero poder poupar e aí sim, continuar os estudos...- fez uma pausa e abraçou-me banhada em lágrimas. - agora quando fores embora, não voltarás a esta casa porque ela escolhe com quem posso estar ou não e apenas gosta de pessoas como ela... e nem tu nem eu somos como ela. Somos muito mais ricos, temos a verdadeira riqueza.
Parecia impossível a força que emanava dela. Certo é que a proibiram de falar comigo ou ver-me, mas cedo se livrou desse dominio e partiu. Fez uma mala, deixou as chaves de casa na mesa e saiu daquela ilha num Sábado de tarde de um mês de Abril.
Não pôde terminar os estudos porque tinha de sobreviver, mas não vive mal e concluiu com esforço um curso de formação profissional, financiado pelo seu esforço e determinação. A tão falada crise também a afecta, mais que a qualquer um, mas estará sempre agradecida por ter escapado daquele inferno e sobreviver às portas do céu. Não conheço ninguém que seja tão rica com tão pouco.
Quero fazer aqui uma homenagem a todas as crianças que nesses tempos foram maltratadas e não tinham atenção. Essas crianças que a assistência social não os protegia porque eram bens, como podia ser o carro ou o cão. A todas essas crianças que hoje são homens e mulheres, quero pedir perdão por uma sociedade que tardou a evoluir (?), que não os soube ouvir e que lhes roubou a infancia merecida.
Parabéns Laura, conseguiste. Tenho pena de outros que não tiveram a tua coragem.


Alma às 09:11
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Terça-feira, 11 de Agosto de 2009

Junto ao mar

Só o mar saberá que tu me ensinaste ali a beijar Junto ao mar tu nunca foste sincera Junto ao mar conseguiste-me enganar... Depois de ti perguntei às estrelas Quantas vezes mais a minha ingenuidade me fará chorar... Sem o teu amor a minha vida será Como uma casa sem habitar Sem o teu amor a minha vida vai-se e sem ti não sou nada.


Alma às 01:13
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Segunda-feira, 10 de Agosto de 2009

Quando é a vida de outro...

Hoje apareceu-me cá em casa uma amiga. Está a passar por um momento difícil e disse que não pode falar com mais ninguém como o faz comigo, que a entendo sem censuras e que o que lhe digo faz com que veja as coisas de outro ponto de vista. Há algum tempo era ela que me ouvia por um assunto idêntico...

Enquanto lhe falava ouvi-me a mim mesmo...
É tão fácil ouvir outra pessoa, entender o seu problema e aconselhar ou fazer ver as coisas de outra forma. É tão fácil como ver um filme e prever o final. Tudo é claro diante dos meus olhos. Então porque é tão complicado quando se trata da nossa vida?

Enquanto falava recordava que há bem pouco tempo ela dizia-me o mesmo e era ela que via tudo tão claro, e eu era um mar de dúvidas...

 


Alma às 08:50
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Domingo, 9 de Agosto de 2009

Ódio vs Indiferença

Às vezes pergunto-me o que será pior, o ódio ou a indiferença? E chego a uma conclusão que é pior a indiferença que o ódio...
Com o ódio podemos chegar a um acordo, a um pacto, a uma solução... até podemos chegar ao amor.
No entanto, a indiferença é o pior de todos os estados de consciência. Não existes, não és, não interessas. Ninguém pode receber pior castigo...
Qual foi o meu pecado, a minha traição, para nem merecer uma triste explicação.
Não acredito no inferno, mas se ele existisse, era lá que eu estava.

Fala, diz, desabafa comigo. Bate-me se achas que mereço, mas não me deixes neste tormento.

 


Alma às 22:19
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Quarta-feira, 5 de Agosto de 2009

Ego. Eu, eu e o mundo.

Há algum tempo comecei a busca de mim mesmo, porque não sabia quem era. Isso frustrava-me e impedia que me pudesse amar. Como podes gostar de ti se não sabes quem e como és? Tudo estava ali, era fácil ver como era, pelo menos para mim deveria ser. Mas não queria aceitar muitos dos meus defeitos e fraquezas, de uma forma hipócrita dizia que sim, mas na realidade odiava ver esses aspectos de mim mesmo, e isso fazia-me afundar e afundar, na minha censura, na minha penitencia e na fuga de mim mesmo.
Acho que finalmente estou a aceitar-me como sou, é certo que não sou sempre a mesma pessoa em circunstancias diferentes, o que me anima, porque há momentos em que me comporto como a pessoa que gostava de ser, e tenho como firme propósito potenciar e alimentar esses momentos.
É igualmente certo que me odeio em certos momentos e é difícil gostarmos de nós quando os recordamos, e são estes os que mais frequentemente me vêm à cabeça, mas tento olhar de fora com um sorriso paternal, e não os desculpar tanto como tentando ser compreensivo. Sou fraco muitas vezes, mesmo que isso não tenha sido sempre mau, fez-me viver coisas "proibidas" das quais retirei mais um ensinamento, e experiencia vital da qual afinal de contas estou orgulhoso, já que pouca gente tem a minha perspectiva.
A tarefa encomendada já está mais ou menos concluída, já me conheço... um pouco melhor. Todos os dias aprendo coisas novas de mim, também é certo, mas aceitei o básico.
Agora resta-me gostar de mim, e creio que vai ser uma tarefa diária, como é gostar de outra pessoa com os seus defeitos e fraquezas, com quem por vezes temos de ser compreensivos e tolerantes, e outras permitir-nos sentir orgulho e amor.


Alma às 08:50
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Domingo, 2 de Agosto de 2009

Tributo à minha vida

Desde que nasci até hoje, muitas pessoas passaram pela minha vida.
Algumas vieram para ficar (poucas), outras estiveram mais ou menos tempo, mas todas foram, à sua maneira, importantes.
Houve momentos em que desejei não ter conhecido algumas, momentos em que desejei tê-las conhecido antes, momentos em que tinha desejado conhecer melhor...
Hoje quero agradecer a todos aqueles que fizeram parte da minha vida porque me ajudaram a ser quem sou.
Àqueles que sempre estiveram ao meu lado, quando tentava afasta-los com palavras frias, que me ensinaram o verdadeiro valor da amizade.
Àqueles que, querendo ou não, me fizeram mal, que me fizeram acreditar em monstros e fantasmas, porque foram estes que me abriram os olhos para a vida (mesmo que em algumas situações me tenham tirado o meu lado menos bom).
Àqueles que puderam ver quem realmente sou e não fugiram... destes não há muitos na minha vida mas merecem um lugar previlegiado no meu coração!
Obrigado a todos estes caminhos que em algum momento se cruzaram com o meu, sou hoje o que sou.
Não podia deixar de agradecer a todos os que fizeram parte desta vida que é a minha...
Obrigado!!!


Alma às 12:05
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Sábado, 1 de Agosto de 2009

Sinceridade

Hoje fui sincero. Primeiro fui sincero comigo mesmo. À algum tempo que não me sentava a me ouvir, não queria conhecer as minhas razões, os meus sentimentos, medos e desejos. Depois fui sincero contigo... Não me pudeste ouvir mas falei-te. Tentei dizer-te tudo aquilo que nunca te disse. Contei-te até aquilo que não queria contar. Abri o meu coração para que pudesses ver os meus sentimentos... e senti medo! Não medo de te perder porque sei que não te tenho. É outro tipo de medo. Medo de me perder, de já me ter perdido!


Alma às 23:00
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Perdão

Se pudesse voltar atrás e mudar algumas coisas na minha vida, voltava.
Não mudaria muito, não mudava os grandes erros dos quais retirei valiosos ensinamentos. Ficaria pelas tontices sem significado que não me ensinaram nada e me fizeram perder tudo aquilo que era realmente importante nesse momento.

Mudava os momentos em que magoei. Não para mudar o curso que seguiu a vida depois das minhas acções mas sim para tirar um pouco do sofrimento a um mundo que já tem muito.

Gostava de inventar uma palavra, parecida com perdão, para a oferecer aqueles em que em algum momento pude fazer sofrer com as minhas palavras e acções. Não para que me perdoassem e fazer de conta que não tinha acontecido nada, isso não é o que pretendo, mas que essa palavra apagasse a dôr causada aos outros e que as consequencias dos meus erros afectassem apenas a minha vida.

Procuro o porquê do meu ser e não encontro, não posso culpar ninguém pelo mal que fiz na vida e não encontro explicação para ter dado certos "passos" no caminho errado. Nunca foi a minha intenção.

Apenas peço que a dôr por mim causada a alguém deste mundo se converta num mundo melhor, numa felicidade sincera e que as lágrimas apenas cubram o meu rosto.

sinto-me: arrependido

Alma às 09:00
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Sexta-feira, 31 de Julho de 2009

Encontro inesperado

Não esperava ver-te hoje...
Olhaste-me. O teu olhar era intenso e profundo, capaz de desvendar os meus desejos mais secretos.
Ofereceste-me aquele sorriso que sempre me fez estremecer.
Sem desviar os teus olhos dos meus, sem deixar desaparecer o sorriso, cumprimentaste-me... falaste-me com a tua confiança e doçura típicas, obrigando-me a baixar o olhar para me poder concentrar em coisas tão simples como respirar.
Não posso precisar quanto tempo durou este encontro.
Foi eterno, quando tentava disfarçar parecendo estar bem e não me saiam as palavras, quando os meus olhos fugiam dos teus com medo que descobrisses aquilo que bem sabes.
Foi fugaz, quando penso na nossa conversa e reparo que na minha memória não existem palavras... apenas os teus olhos... apenas o teu sorriso...

Foi tanto... foi tão pouco...


Alma às 08:50
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Quarta-feira, 15 de Julho de 2009

O sonho

Hoje sonhei contigo, sim, contigo. Não deixa de ser curioso, porque não conheço o teu rosto, mas não parece ser um problema para a minha imaginação. Hoje sonhei contigo e foi lindo. Talvez o melhor da vida sejam estes pequenos momentos, sim, aqueles em que sonho. Neles as coisas são tão perfeitas, as histórias incríveis, os personagens tão sinceros, a vida tão intensa e completa... Ou talvez o sejam porque neles estás tu. Sonhar contigo, doce castigo. Provavelmente um sonho não seja a melhor forma de te conhecer, seguramente não. Mas era tudo tão perfeito... Talvez esse seja o problema, a perfeição no meu sonho, o irreal. Quero continuar a sonhar contigo, quero ver-te novamente, quero voar no meu mundo de fantasias e que ninguém me possa dizer que não é real, quero ver-te novamente, quero sentir-te mais e mais... Que me chamem de louco que no meu sonho continuarei. Vou procurar-te nos meus sonhos esta noite, espero rever-te.


Alma às 21:54
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Sexta-feira, 10 de Julho de 2009

Luta por...

Não te esqueceres de lutar. Luta cada dia para ser mais feliz, luta cada dia para fazer feliz aqueles que te rodeiam, luta pela amizade, luta pelo amor, luta para não caíres na angustiosa rotina do dia-a-dia que te mina por dentro, luta por sorrir, mesmo quando as coisas tendem a correr mal, porque esse sorriso pode endireita-las, luta por aquilo que anseias, luta para não dizer "não posso", luta por alcançar as tuas metas pessoais, sentimentais, sociais, profissionais... luta por seres tu próprio a cada dia, luta para que não te façam duvidar dos teus desejos, luta para não te converteres em mais um que não luta, luta pelas tuas convicções, luta por ti e por eles. A vida é uma constante luta. Luta para te manteres no caminho da felicidade.


Alma às 22:30
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